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Artigo - A batalha naval e a inocência

Oswaldo Augusto de Barros

Data de publicação: 26/08/2021

O jornal O Globo, informa o IBGE que cerca de 41% dos brasileiros, ou 84,9 milhões de pessoas, convivem com fome ou algum grau de insegurança alimentar.

AinocenciaQuando criança ou na adolescência, passávamos momentos agradáveis jogando batalha naval. Afundávamos porta-aviões, destroyers, corvetas, submarinos, fragatas e cruzadores. Não era um jogo eletrônico, muito menos aquele produzido pela “Estrela”, pois nem todos tinham condições de comprar.

Ou usávamos o papel quadriculado da contracapa do caderno de desenho ou fazíamos o quadriculado a lápis, já que pra muitos a caneta esferográfica era luxo. Dois jogadores, cada um posicionava sua esquadrilha e, utilizando de conceitos cartesianos, indicávamos onde o tiro atingiria. Ganhava quem afundasse primeiro a frota do adversário.

Provavelmente, deva ser o mesmo que acontece com a Batalha de Formosa, que de tanta importância bélica foi visitada pelo Presidente para dar o início ao combate, que na realidade se iniciava no desfile Militar ocorrido.

Voltando ao jogo, tínhamos exercícios matemáticos para interpretar o ataque e, embora soubéssemos que ninguém morreria, a situação lúdica criava imagens que hoje lembram vagamente os combates virtuais e, já em Formosa, todos os cuidados são tomados pra evitar acidentes.

Hoje, em O Globo, informa o IBGE que cerca de 41% dos brasileiros, ou 84,9 milhões de pessoas, convivem com fome ou algum grau de insegurança alimentar. Os números são da Pesquisa de Orçamentos Familiares, divulgada quinta-feira pelo IBGE.

Talvez a presença na Batalha de Formosa seja de vital importância para a segurança do País, mas na guerra no mundo real em que vivemos o único inimigo é a fome – pasmem, num País que bate recordes de exportação de grãos e proteína animal.

Fome que acarreta deficiências neurológicas irreversíveis em nossas crianças. Fome que debilita o corpo e os deixa à mercê de doenças letais – a fome onde nesses casos a morte é inevitável.

Não sei se trocaria minha batalha naval pela batalha de Formosa, mas sei necessário que nos unamos de tal forma que tenhamos forças suficientes pra fazer o que não se faz pelo Social em nosso País. As ações dos governantes têm sido pífias; a sociedade tem procurado amenizar essa ausência.

Nosso orçamento está apertado, mas não o suficiente para não ajudarmos uns aos outros.

Se você pensa como nós, colabore com a campanha CNTEEC CONTRA A FOME, depositando qualquer valor pelo site www.cnteec.org.br/campanha ou pelo PIX – CNPJ 33.857.913/0001-88, que com certeza estaremos fazendo a nossa parte para minimizar a fome de alguns brasileiros e brasileiras.

Cada cesta básica entregue é uma família a mais que estará vivendo a esperança de mais um dia de vida.

Oswaldo Augusto de Barros, da Agência Sindical