07/06/2018 | 10:23 – O presidente Michel Temer assinou três Medidas Provisórias (MPs 836, 838 e 839/2018) que permitiram ao governo obter os recursos necessários para subsidiar a redução no preço do litro do diesel prometida aos caminhoneiros durante a greve. O valor total do programa totaliza R$ 13,5 bilhões de reais.
Entre as despesas que serão cortadas, estão gastos com diversos ministérios, como os da Saúde, Educação e Transportes, que sofreu corte de R$ 371 milhões no investimento em obras rodoviárias do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).
A MP 839/2018 detalhou os cortes necessários pelo governo para garantir o crédito extraordinário de R$ 9,58 bilhões ao Orçamento de 2018. Desse montante, R$ 80 milhões serão destinados ao Ministério da Defesa para custear o envolvimento das Forças Armadas para a liberação das rodovias durante a paralisação dos caminhoneiros. O restante da verba, R$9,5 bilhões, será utilizado pelo Ministério de Minas e Energia para o subsídio do diesel.
Entre as obras do DNIT canceladas pelo Governo Federal, destacam-se a construção de contorno rodoviário de Maringá, na BR-376/PR (R$ 45,4 milhões); o acesso ao Parque Nacional do Iguaçu, na BR-469/PR (R$ 43,1 milhões); e a adequação do trecho entre Palhoça e São Miguel do Oeste da BR-282/SC (R$ 40,8 milhões).
Realizada em maio, a greve realizada pelos caminhoneiros contra a política de reajuste no preço do diesel durou 10 dias e atingiu diversos setores e serviços no Brasil. Após concessões do governo, o movimento se encerrou na última semana de maio.