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A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), por meio da Comissão de Meio Ambiente (CMA), disponibilizou recentemente o guia "Gestão de Recursos Hídricos na Indústria da Construção - Conservação de Água e Gestão da Demanda". Com 111 páginas, a publicação aborda temas como uso eficiente da água e conservação da água; estudo de viabilidade técnica e econômica; gestão da demanda - setorização do consumo de água; concepção de novos edifícios para o uso eficiente da água e vazões nos sistemas hidráulicos prediais.
Com correalização do Senai Nacional, a iniciativa pretende conscientizar sobre o uso da água, além de promover ações de caráter econômico, social e ambiental que contribuam para a qualidade de vida de todos e principalmente das próximas gerações. Há também gráficos, informações técnicas, detalhes históricos sobre consumo hídrico.
Conforme dados do guia, grande parte dos edifícios construídos no País, ainda enfrentam desperdício de água. Assim, a gestão da água se torna fundamental, principalmente na construção civil, onde há uso frequente de água que sem o controle pode acarretar na falta de água. Vale lembrar ainda que diversos Estados vêm enfrentando crises hídricas desde 2014.
Apesar de só ter sido disponibilizada recentemente, a publicação foi lançada no painel de Iniciativas de Cidades Inovadoras para Transformação do Mercado da Indústria da Construção voltado à Sustentabilidade, durante o 89º Encontro Nacional da Indústria da Construção (Enic), realizado no fim de maio em Brasília.
Durante o evento, o professor da Universidade de São Paulo (USP) e coordenador da publicação, Orestes Gonçalves, destacou a importância da gestão da conscientização sobre o uso da água, a passo que, a cidade de São Paulo, após a melhora do quadro hídrico voltou a consumir muita água, já que houve a diminuição de multas em caso de consumo abusivo.
"O principal conceito a ser implementado nos edifícios é o do uso eficiente da água, que consiste na tomada de ações tecnológicas, que independem do comportamento do usuário, para reduzir o consumo ao mínimo necessário para o desempenho das atividades consumidoras. A concepção de um novo edifício ou o planejamento da reforma de um edifício existente, sob a ótica do uso eficiente da água, permite a obtenção de indicadores de consumo menores do que os atuais", diz o prefácio.