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Indicadores da Indústria Brasileira estão em declínio

Os dados são da Confederação Nacional da Indústria

Data de publicação: 10/02/2022

Os indicadores da Indústria Brasileira denotam preocupação: de acordo com o levantamento da Confederação Nacional da Indústria, o segundo semestre de 2021 foi marcado pela desaceleração no ritmo de crescimento de emprego e pela tendência de queda do faturamento e da utilização da capacidade nas próprias estruturas.

Os números referentes a 2021 podem até indicar crescimento na comparação anual, ou seja, em relação a 2020, mas a instituição ressaltou que o ano anterior foi marcado pela anormalidade — principalmente por conta das consequências graves da pandemia.

Divulgados na última sexta-feira (4), os números registraram alta de 3,7% no faturamento da indústria de 2021, na comparação com 2020. Em dezembro, no entanto, esse indicador apresentou uma queda de 0,3% na série livre de efeitos sazonais. “Esse aumento se deve ao patamar elevado em que o faturamento começou o ano, uma vez que o indicador registrou quedas sucessivas ao longo dos meses”, explica a CNI.

Em dezembro de 2021, o faturamento estava 7,5% abaixo do registrado no mesmo mês de 2020. No acumulado de 2021, o faturamento foi 5% menor do que o de fevereiro de 2020, antes da chegada da pandemia de Covid-19 ao país. Ainda segundo os Indicadores Industriais, a massa salarial real e sobretudo o rendimento médio real, pressionados pela inflação, seguiram em queda na maior parte de 2021.

Além das sequelas do ápice da crise de saúde, o “desarranjo das cadeias de suprimentos” também é um fator de grande peso no recuo do segundo semestre de 2021, já que “contribuem para que a recuperação não se complete e para que se mantenha o contexto de incerteza e altos custos na indústria de transformação”.

O levantamento também apontou que a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) caiu 0,6% de novembro para dezembro de 2021. Ao comparar com o mesmo mês de 2020, o declínio é de 0,7%.

Em junho de 2021, esse indicador atingiu o nível de 82,3% — o “ponto mais alto desde 2014”. Entretanto, acabou entrando em uma inclinação negativa no segundo semestre, encerrando o ano em 79,6% em dezembro.

A massa salarial também apresentou declínio de 1,2% em dezembro, em comparação com novembro. No acumulado do ano, ao comparar com a média registrada em 2020, o índice registrou aumento de 0,7%.

“Esse aumento, no entanto, se deve à forte queda observada em 2020 e à alta que se concentrou na primeira metade de 2021. Em dezembro de 2021, a massa salarial se encontra 1,2% abaixo do índice de dezembro de 2020 e 4,8% abaixo do registrado em fevereiro de 2020”, explica a CNI.

“O resultado de dezembro foi negativo para muitas variáveis. Ele consolida o que vínhamos notando nos últimos resultados, de uma desaceleração da atividade industrial no segundo semestre. O ano tinha iniciado bem para a indústria, mas foi enfraquecendo. Isso se intensificou no segundo semestre, consolidando agora com os números de dezembro, a partir da aceleração da tendência de queda do faturamento e de utilização da capacidade instalada. O emprego que vinha crescendo na primeira metade do ano parou de crescer, consolidando então esse cenário”, conclui o gerente da CNI.