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Parceria Público Privada, uma reflexão

Nada tem sido feito nas PPP, apenas as tarifas têm aumentado

Data de publicação: 10/01/2017
Parceria Público Privada, uma reflexão

Um dos assunto mais discutido nesses últimos dias são as parcerias público privadas (PPP) que vem administrando setores públicos. Recente discussão na imprensa piauiense analisou a administração privada das rodiviárias do estado, em especial a de Teresina. A realidade é que nada feito ainda, apenas as tarifas que foram reajustadas. As empresas que assumiram estão “enchendo” os bolsos.

Vamos mais além. Quem acompanhou nesse início de ano a rebelião na prisão em Manaus deve ter visto que depois de anos recebendo do Estado milhões de reais por ano, a empresa que administra o sistema prisional não melhorou em nada o setor. UM GRANDE ENGODO. Resultou "oficialmente" em quase 60 mortos. Agora o governo quer aumentar a participação do Estado no sistema. Vejam o resultado dessas parcerias, mas vamos falar sobre setores essenciais para a população.  Na grande Recife, se implantou a maior PPP da história do Brasil no sistema de esgotamento sanitário. Depois de vários anos, nada mudou, apenas encheu os caixas da Odebrecht. Agora o governo do Pernambuco quer intervir.

No Piauí, o Governo do Estado e a Prefeitura de Teresina resolveram privatizar o saneamento da nossa capital, doando todo o patrimônio da AGESPISA, construído com as tarifas do povo do Piauí, para uma empresa privada pelo prazo de 33 anos. O mais grave é que as empresas que disputam nos tribunais essa mina de água mais valiosa que qualquer mina de ouro estão envolvidas em denúncias de corrupção. A primeira colocada, sob denúncias de fraudes em licitação no saneamento da cidade de Ribeirão Preto, provocou prisões de diretores da empresa de saneamento e gestores da prefeitura. A segunda colocada, que possui denúncias de fraudes em licitação na cidade de Cuiabá, provocou a reação do prefeito daquela cidade intervindo no sistema de saneamento. Sobre a terceira, especula-se que possui tentáculos da Odebrecht.]

Nada nos espanta já que 235 cidades do mundo, como Berlim, que experimentaram o processo de privatização no saneamento, voltaram atrás e agora estão reestatizando o setor. Será que o Piauí e o Brasil não sabem ou não querem ver os exemplos no mundo daquilo que não tem dado certo?

UMA REFELEXÃO

Antonio Florentino de Souza Filho

Presidente do Sindicato dos Engenheiros do Piauí e Diretor da Federação Nacional dos Engenheiros