Erro ao Ler: SQLSTATE[HY093]: Invalid parameter number: number of bound variables does not match number of tokens

Projeção de crescimento do PIB da construção cresce pela segunda vez no ano

Data de publicação: 31/07/2022
Projeção de crescimento do PIB da construção cresce pela segunda vez no ano

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou, nesta segunda-feira (25), que o Produto Interno Bruto da Construção Civil aumentou 0,8% no primeiro trimestre de 2022. Chegando ao sétimo trimestre seguido de crescimento, o resultado também provocou boas previsões para a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), que aumentou pela segunda vez consecutiva em 2022 a projeção do crescimento do PIB da Construção para o ano.

As informações, divulgadas hoje (25) no estudo Desempenho Econômico da Indústria da Construção – Segundo Trimestre de 2022, também trazem comparativos entre a evolução econômica do setor e a nacional. A economista da CBIC, Ieda Vasconcelos, explicou que o resultado se deu pelo ciclo estável e promissor de negócios em andamento, que tem garantido o ritmo de atividade no setor. “Pelo segundo ano consecutivo a construção crescerá acima da economia nacional. Entretanto, mesmo considerando a alta de 3,5% do PIB em 2022, o setor ainda registra queda em seu PIB de 23,44% no período de 2014 a 2022.” A economista acrescentou, também, que o segundo semestre de 2022 promete resultados ainda melhores, já que, além do ritmo de atividades mantido, o crescimento de pequenas obras e reformas — sobretudo, originário das famílias — também deve causar impacto no indicador. Para ela, as novas medidas do Programa Casa Verde e Amarela são outro fator determinante no impacto na evolução da atividade do setor, considerando que os impactos devem ser ainda mais expressivos nos últimos meses do ano.

A CBIC não divulgou somente expectativas positivas, como uma boa trajetória. Isso porque, segundo o IBGE, o último resultado trimestral do PIB indica que a construção civil já cresce há sete trimestres consecutivos, considerando os ajustes sazonais. Ieda comenta que “essa sequência de números positivos ainda não tinha sido observada na série histórica do indicador, iniciada em 1996.”

ADVERSIDADES

Como todo indicador, o crescimento do PIB também considera os principais problemas e adversidades que afetam a comunidade do setor. No estudo, o levantamento ressalta que a falta ou o alto custo de insumos tem sido citado como o principal problema do ramo há oito trimestres seguidos, seguido pela taxa de juros elevada e a falta ou o alto custo do trabalhador qualificado.

De 400 empresas participantes da última apuração, 47,7% delas citaram a falta ou o alto custo de matéria-prima como o principal problema para empreender na área ultimamente, seguido pela alta taxa de juros (citada por 29,8% dos entrevistados) e pela falta ou alto custo do trabalhador qualificado (citado por 20,3%).

Segundo o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), mensurado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), os três insumos que sofreram os maiores impactos nos preços entre julho de 2020 e junho de 2022 foram:
• Vergalhões e arames de aço ao carbono (99,60%);
• Tubos e conexões de ferro e aço (89,43%); e
• Tubos e conexões de PVC (80,62%)

Em relação aos empregos, o estudo constatou crescimento na quantidade de novos postos gerados. Segundo a CBIC, em maio de 2022 o número de trabalhadores com carteira assinada alcançou o maior patamar desde novembro de 2015. Ela também divulgou que, somente no período pós-pandemia (entre março de 2020 e maio de 2022), foram 430 mil novas vagas com carteira assinada criadas pelo setor — mais de 170 mil na área de construção de edifícios e mais de 90 mil na área de obras de infraestrutura.