A Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) informou nesta semana que houve uma retração de 15,1% no faturamento deflacionado das vendas de materiais de construção em fevereiro sobre o mesmo período do ano passado. O resultado foi influenciado pela queda da comercialização de materiais de base (16,8%) e de acabamento (12,5%).
Em relação a janeiro, a pesquisa mostra que as vendas tiveram uma diminuição de 2,7%, sendo que os materiais de base recuaram 4,1% e os de acabamento 0,6%.
O emprego na indústria de materiais de construção, por sua vez, aumentou 0,3% em fevereiro na comparação ao primeiro mês do ano. O resultado, apesar de representar uma queda de 6,2% em relação a fevereiro do ano anterior, é importante. "Medidas do governo direcionadas ao setor ainda são tímidas ou não se reverteram em aumento de atividade no mercado. A confiança do empresário e do consumidor começa a melhorar, mas levará algum tempo para se reverter em melhoria da atividade comercial" afirma Walter Cover, presidente da Abramat.
A associação estima uma queda de 6% no setor no primeiro semestre de 2017, seguida de uma recuperação contando com as variáveis macroeconômicas, reversão do desemprego e queda nos juros. "Causas que dominaram 2016, como o alto desemprego, crédito difícil, juros altos e dúvidas sobre as mudanças no cenário político e econômico ainda estão latentes neste início de 2017 e impactam diretamente nos resultados negativos", conclui Cover.